O que diz a neurociência sobre o amor

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Será que a neurociência é capaz de desvendar o amor? Como nosso cérebro interpreta esse sentimento, já parou para pensar nisso?

Através deste artigo, vamos inspirar você a descobrir qual a ciência por traz do amor e suas experiências nos relacionamentos.

Esse é um dos temas mais fascinantes e complexos para a humanidade. Sendo tema de músicas, filmes, livros e poesias. Alguns o consideram um sentimento inexplicável e incontrolável, outros o veem como uma construção social e cultural.

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No entanto, a ciência tem se dedicado a estudar esse sentimento e seus movimentos, e descobertas recentes têm ampliado a compreensão do tema.

Os três ingredientes da teoria do amor

Teoria desenvolvida pelo psicólogo Robert Sternberg, propõe que esse é um sentimento composto por três componentes inter-relacionados: paixão, intimidade e compromisso.

  1. A paixão: é caracterizada por sentimentos de atração, desejo e atração física.
  2. A intimidade: é caracterizada por sentimentos de proximidade emocional, compartilhamento de informações pessoais e preocupação com o bem-estar do outro.
  3. O compromisso: é caracterizado pelo desejo de manter o relacionamento a longo prazo e pela tomada de decisões que assumiu o futuro do casal.

Esta é uma temática tão ampla e diversa que não pode ser resumido em uma única definição. No entanto, a maioria das teorias do amor concorda que ele envolve emoções, comportamentos e cognições.

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As emoções incluem a atração, o apego, o desejo, a paixão e a intimidade. Os comportamentos incluem a proximidade física, a comunicação, o cuidado e o compromisso. As cognições incluem as observadas, as expectativas, as crenças e os valores.

Essas dimensões do sentimento amoroso estão interconectadas e podem se desenvolver de maneiras diferentes ao longo do tempo.

Os hormônios do amor: Oxitocina, Dopamina e Serotonina

A ciência também tem descoberto as bases neuroquímicas desse sentimento e suas relações humanas. Entre esses hormônios, destacam-se a oxitocina, a dopamina e a serotonina.

A oxitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, é produzida no hipotálamo e liberada pela glândula pituitária. Seu papel fundamental é facilitar a formação de laços emocionais entre indivíduos, promovendo a confiança e a proximidade. 

Além disso, durante o parto e a amamentação, a oxitocina desempenha um papel crucial, promovendo contrações uterinas e estimulando o fluxo de leite materno.

A dopamina, por sua vez, é sintetizada em várias regiões do cérebro, incluindo o mesencéfalo e o hipotálamo. Conhecida como o “hormônio do prazer”, a dopamina está envolvida na motivação, foco e sensação de prazer. 

Em relacionamentos amorosos, sua liberação em resposta a estímulos gratificantes, como a presença do parceiro, resulta em sentimentos de euforia e excitação, contribuindo para a intensidade emocional das relações.

Por fim, a serotonina, principalmente produzida no intestino, desempenha um papel crucial no humor e no bem-estar emocional.

Embora sua relação direta com o amor seja menos óbvia do que a oxitocina e a dopamina, níveis adequados de serotonina estão associados a uma maior estabilidade emocional e capacidade de enfrentar desafios interpessoais. Isso contribui para a saúde e a longevidade dos relacionamentos amorosos.

Esses hormônios interagem de maneira complexa no cérebro humano, moldando as experiências amorosas desde a formação inicial de laços afetivos até a manutenção de relacionamentos duradouros. Suas influências sutis e poderosas ajudam a compor a rica tapeçaria das relações humanas.

Os três domínios principais dos relacionamentos afetivos

Os relacionamentos amorosos também envolvem aspectos psicológicos, como a comunicação, o conflito e o perdão.

Veja agora alguns exemplos práticos do dia-a-dia que ilustram os três domínios principais dos relacionamentos afetivos:

1. Comunicação

Exemplo prático: Um casal decide reservar um tempo todas as semanas para conversar sobre seus sentimentos, preocupações e aspirações. Durante essas conversas, eles praticam a escuta ativa, dando espaço para que cada um expresse seus pensamentos e emoções sem julgamento.

Eles também se comunicam de maneira clara e direta, evitando mal-entendidos e ressentimentos. Quando surge um desacordo, eles se esforçam para comunicar suas necessidades e encontrar soluções juntos, em vez de deixar que os problemas se acumulem.

2. Conflito

Exemplo prático: Um casal enfrenta um desacordo sobre como dividir as tarefas domésticas. Em vez de evitar o conflito ou recorrer a ataques pessoais, eles decidem abordar o problema de frente. Sentam-se juntos e discutem suas preocupações de forma respeitosa, reconhecendo as diferentes perspectivas e necessidades de cada um.

Eles trabalham juntos para encontrar um compromisso que atenda às necessidades de ambos, talvez alternando responsabilidades ou criando um plano de divisão de tarefas que seja justo e equilibrado.

3. Perdão

Exemplo prático: Um parceiro comete um erro que machuca o outro, como esquecer uma data importante ou dizer algo insensível durante uma discussão. Após reconhecer o erro e expressar arrependimento sincero, o parceiro que cometeu o erro busca o perdão do outro.

O parceiro magoado, por sua vez, pratica a compaixão e o perdão, reconhecendo que todos cometem erros e que o perdão é essencial para a saúde do relacionamento. Eles trabalham juntos para superar o incidente, reconstruindo a confiança e fortalecendo seu vínculo emocional.

Esses exemplos ilustram como a comunicação eficaz, a gestão de conflitos e o perdão são elementos essenciais para a construção e manutenção de relacionamentos afetivos saudáveis.

Ao praticar esses aspectos no dia-a-dia, os casais podem fortalecer seu vínculo emocional e criar uma base sólida para um relacionamento duradouro e satisfatório.

As complexidades do relacionamento moderno: Abertos, poli-amor e tecnologia

Os relacionamentos amorosos modernos também têm apresentado novas complexidades, com o inerente de relações não-monogâmicas, como relacionamentos abertos e poliamorosos.

Essas formas de relacionamento amoroso desafiam as normas culturais tradicionais e abrem espaço para a diversidade e a individualidade nos relacionamentos amorosos.

A tecnologia também tem afetado a forma como nos relacionamos, com o ocorrido em aplicativos de namoro e redes sociais que ampliam as possibilidades de conexão, mas também podem gerar ansiedade e insegurança.

Assim, a ciência tem mostrado que esse sentimento é muito mais do que uma simples emoção ou construção social. O amor envolve dimensões emocionais, cognitivas e comportamentais, e tem bases neuroquímicas e psicológicas.

Esse sentimento também pode influenciar na saúde física e mental e tem apresentado novas complexidades no contexto moderno. Estudos têm mostrado que pessoas em relacionamentos amorosos estáveis ​​apresentam os melhores níveis de bem-estar e saúde mental do que pessoas solteiras ou em relacionamentos instáveis.

Também pode ter efeitos positivos no sistema cardiovascular, atender os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e melhorar a função imunológica.

Ou seja, compreender a ciência do amor pode ajudar a fortalecer os relacionamentos e promover o bem-estar emocional e físico das pessoas. Portanto, amem!!!!! Pois esse sentimento representa estar com os outros e estar bem consigo mesmo!!!

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